Negra Y, Chaabene H, Hammami M, Amara S, Sammoud S, Mkaouer B, Hachana Y. Agility in Young Athletes: Is It a Different Ability From Speed and Power? J Strength Cond Res. 2017 Mar;31(3):727-735. doi: 10.1519/JSC.0000000000001543. PMID: 28186497.

Agilidade é definida como um movimento rápido do corpo inteiro com mudança de direção e/ou velocidade em resposta a um estímulo. É um dos aspectos mais importantes a serem desenvolvidos e implementados rotineiramente em programas de força e condicionamento para atletas de esportes coletivos.

Embora as pesquisas existentes mostrem a boa validade e confiabilidade de testes como o Teste de Agilidade de Illinois (IAT) e o Teste T de agilidade, a questão ainda não está clara em atletas jovens, considerando a diferença no status de maturidade e/ou idade cronológica, além do histórico de treinamento entre eles.

O objetivo do estudo foi examinar a confiabilidade, sensibilidade e independência dos testes de agilidade em jovens jogadores de futebol e handebol.

O estudo envolveu 187 atletas jovens do sexo masculino, competitivos, regularmente envolvidos em eventos nacionais de primeira divisão, incluindo jogadores de futebol (n = 95) e handebol (n = 92). Todos tinham experiência de pelo menos 4 anos em seu nível competitivo e participavam de um programa regular de treinamento (5 sessões por semana) durante toda a temporada. 

O estudo foi realizado durante a segunda metade da temporada competitiva (março-abril de 2014), e cada atleta completou o IAT e o Teste T duas vezes em dias separados. Os testes foram realizados em triplicata, e a melhor tentativa foi retida para análises estatísticas.

Os participantes realizaram o teste de agilidade de Illinois (IAT) e o teste T, bem como testes de sprint e salto. 

A confiabilidade e sensibilidade dos testes de agilidade foram avaliadas por coeficiente de correlação intraclasse (ICC), erro típico de medida (TEM) e menor mudança valiosa (SWC). A relação entre agilidade e outras variáveis de aptidão foi explorada por análise de componentes principais (PCA).

Resultados: 

Os resultados sugerem uma alta confiabilidade tanto para o IAT quanto para o Teste T em todo o grupo de esportes coletivos. 

As análises de sensibilidade indicaram que a capacidade de detectar pequenas mudanças no desempenho pode ser classificada como "boa" em ambos os grupos de jovens atletas de esportes coletivos competitivos. 

Além disso, foram reveladas grandes a muito grandes relações significativas entre desempenho em agilidade e testes de corrida (r = 0.53 a 0.85). 

Os resultados do PCA mostraram uma correlação quase perfeita entre os testes CMJ (salto com contramovimento) e 20-m sprint no grupo de handebol, sugerindo que esses testes podem ter a maior validade fatorial entre todos os testes avaliados.

Conclusão: 

As descobertas do estudo apoiam fortemente o uso do Teste T e do IAT na avaliação rotineira da agilidade em jovens jogadores de futebol e handebol. 

Além disso, a análise fatorial mostrou uma alta proporção de comunalidades entre os testes com a extração de apenas um fator. Isso implica que todos os testes podem medir o mesmo atributo físico. 

Portanto, pode-se sugerir o uso de muito poucos, se não apenas um dos testes avaliados, para uso no teste rotineiro de jovens jogadores de futebol e handebol.

Agilidade, tempo de velocidade e habilidade de salto parecem representar o mesmo atributo físico nesta população.